quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O que é indispensável a uma escrava...

Jot@SM: É obvio que cada Mestre tem sua escrava ideal. A do Mestre sádico é a masoquista, a do Dominador a submissa, a do Bondagista a que se agrade desta prática e por aí vai...
O que é indispensável a uma escrava, é a sua honestidade. Que ela seja escrava mesmo, descubra seu dom e faça o BDSM pelo BDSM e não por outros motivos escusos. Que seja exigente na escolha do Mestre, para que ela seja a escrava ideal dele, mas ele tb o seu Mestre ideal.
Quanto a mim, pelo meu estilo, meu jeito de dominar, minhas preferências, experiência e visão do BDSM, tenho hoje como protótipo da escrava ideal, a escrava ORGULHOSA.
Quando falo “orgulhosa”, não falo da escrava manhosa, com vontades ou prepotente/rebelde. Falo daquela que tem orgulho de estar sendo escrava e tentando ser a melhor. Aquela que não é nem se sente inferior por sê-la, muito pelo contrário. Ela sabe o valor da sua entrega e o poder da sua personalidade. É uma escrava que leva uma forte bofetada sem virar o rosto e ainda olha para o Mestre, sem manhas ou rancores, pronta a receber a próxima. É a escrava que obedece às ordens à distância do Dono, mesmo que ele não possa confirmá-las, pois sua submissão é seu deleite tb. É a escrava que apanha sem chorar, ou que chora quietinha, pois tem orgulho em suportar a dor para prazer de seu Dono e não quer atrapalhar este momento com seu choro ou com suas súplicas inúteis. É a escrava que gosta não só de praticar, mas também de estudar e debater o BDSM, visando sempre evoluir. É a escrava que desmaia de dor para não pedir a safeword que lhe foi concedida à poucos instantes, só porque sabe que sua dor esta sendo deleite para seu Dono e não quer parar de ter esta dedicação. É a escrava que em casa namora suas marcas no espelho. É a escrava que foi descoberta extraída e lapidada pelo seu Mestre, mas que também o lapida a cada instante, pois sabe tb. extrair dele o caráter, a seriedade, a honra e a dignidade que lhe cabe. É a escrava que não quer se estagnar na mesmice e mediocridade a que leva à covardia de superar limites, mas sim, quer sempre ir além de suas próprias limitações. Não por imposição, mas por vaidade. Que põe o chicote na mão do Dono quando ele em seus carinhos acaba por esquecer um pouco do açoite. É a escrava que além de escrava, sabe ser tb amiga, como do Mestre merece e tem toda a amizade. É a escrava que nos encontros, sem seu Dono, olha com firmeza nos olhos de quem a deboche, batendo forte sobre o J da coleira que porta orgulhosa. É a escrava que deve respeito aos demais Mestres sim, mas nunca obediência ou subjulgo. Porque esta é uma escrava para poucos. Uma escrava que faz o Mestre caricato perder suas convicções ou usar a desculpa de que ela é prepotente para justificar sua fraqueza, e que faz os mestrelhecos caírem de quatro aos seus pés. Mas não só eles. Pois ela é uma escrava que cultiva a admiração e o respeito até do mais frio e seco Dominador, não com sua beleza, mas com seu jeito sincero e ORGULHOSO de ser “E”scrava.
Esta é a minha escrava ideal. A escrava que me faz sentir “M”estre por tê-la. Porque ela não é inferior, muito pelo contrário... sua superioridade é que me deixa mais superior ainda, pois ela põe toda sua PODEROSA SUBMISSÃO aos meus pés.  (Por Mestre Jot@SM)